IA, Risco e Compliance: O desafio das empresas
- leonorgoncalves48
- 27 de mai.
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Atualizado: 28 de mai.

Tem sido evidente e percetível a convergência entre ciberataques e Inteligência Artificial (IA), deixando de ser uma ameaça emergente para se afirmar como uma realidade concreta e disruptiva. O cibercrime evolui em sofisticação, amplitude e impacto, aproveitando os avanços da IA para automatizar, escalar e personalizar ataques com uma eficácia sem precedentes. Esta tendência está a manifestar-se de forma clara no aumento de campanhas de malware e ransomware, onde algoritmos de IA são usados para identificar vulnerabilidades em tempo real, adaptar o comportamento malicioso e contornar mecanismos tradicionais de defesa.
No contexto empresarial português, onde a digitalização acelerada não foi acompanhada por um reforço proporcional das práticas de segurança, o risco torna-se ainda mais acentuado. As pequenas e médias empresas, que representam a espinha dorsal da economia nacional, continuam a ser alvos preferenciais devido à perceção de fragilidade técnica e uma eventual menor maturidade cibernética.
Perante este cenário, torna-se imperativo para as organizações portuguesas reforçarem os seus mecanismos de visibilidade, controlo e gestão de risco. Investimentos em soluções de deteção baseada em comportamento, sistemas de monitorização contínua com apoio de IA defensiva e programas de formação e sensibilização avançadas para os colaboradores são essenciais para antecipar e mitigar riscos. A segurança deve deixar de ser encarada como um custo operacional e passar a integrar o núcleo estratégico da gestão empresarial.
No plano da conformidade, a Diretiva (UE) 2022/2555, conhecida como NIS2, marca um ponto de viragem. Esta nova legislação comunitária expande significativamente o leque de entidades abrangidas, incluindo agora setores como a indústria transformadora, correios, produção alimentar, produção e processamento de produtos químicos e gestão de resíduos. As empresas abrangidas pela NIS2 são obrigadas a adotar medidas técnicas e organizativas rigorosas, incluindo planos de resposta a incidentes, políticas de continuidade de negócio, e um envolvimento e supervisão ativo por parte da gestão de topo.
A não conformidade pode acarretar sanções significativas, para além do prejuízo reputacional inerente a um incidente grave. Nesse sentido, a implementação rigorosa dos requisitos da NIS2 pode constituir um verdadeiro fator diferenciador no mercado, ao reforçar a confiança de clientes, parceiros e investidores. As organizações que evidenciam um compromisso sólido com a segurança e a cibersegurança posicionam-se como entidades mais credíveis e resilientes, o que não só fortalece a sua reputação, como também potencia o crescimento sustentável e a fidelização de clientes num ambiente cada vez mais exigente e competitivo.
O cumprimento da NIS2 exige, portanto, uma abordagem estruturada e proativa. A realização periódica de avaliações de risco, a implementação de políticas de segurança da informação alinhadas com normas internacionais como a ISO/IEC 27001, e o reforço das capacidades internas de ciber-resiliência são passos essenciais para assegurar conformidade e robustez operacional.
A resposta empresarial portuguesa deverá assentar numa conjugação equilibrada de tecnologia avançada, cultura organizacional centrada na segurança e um forte compromisso com a conformidade regulatória. Neste contexto, a Linkcom assume-se como um parceiro estratégico, apoiando as organizações na definição e implementação de estratégias robustas de cibersegurança, alinhadas com as exigências atuais do mercado e da regulação europeia e nacional. Através de soluções integradas e conhecimento especializado, a Linkcom contribui para que a cibersegurança seja entendida como um pilar essencial para a confiança digital e a sustentabilidade dos negócios no presente e no futuro.
Como a Linkcom pode ajudar?
Na Linkcom, apoiamos a sua organização a enfrentar os desafios de cibersegurança e de conformidade regulatória através de:
Avaliação de risco e maturidade cibernética, identificando vulnerabilidades e prioridades de mitigação;
Implementação de soluções de cibersegurança, incluindo deteção comportamental e monitorização contínua de ameaças;
Desenvolvimento de políticas de segurança da informação, alinhadas com os requisitos da NIS2 e outras normas europeias;
Formação e sensibilização para colaboradores, promovendo uma cultura organizacional centrada na segurança digital;
Apoio na definição de planos de resposta a incidentes e continuidade de negócio, garantindo resiliência e conformidade regulatória.

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