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A presença feminina na tecnologia: muito além da representatividade

  • Foto do escritor: Nana Guerreiro
    Nana Guerreiro
  • 24 de nov.
  • 2 min de leitura

Artigo de opinião | Catarina Fernandes | Microsoft Partnership Manager | Linkcom


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Sempre que entro numa sala onde se discute tecnologia, há um padrão que se repete: continuamos a ser poucas. E, por vezes, mesmo quando estamos presentes, não somos verdadeiramente escutadas. A presença feminina na área tem aumentado, é verdade — mas estar presente não é o mesmo que pertencer.


A tecnologia precisa de diversidade para inovar

Durante anos, olhei para a tecnologia como algo distante, quase mecânico. Um mundo de código, servidores e algoritmos. Mas, à medida que me fui aproximando deste ecossistema, percebi que a tecnologia é profundamente humana. Vive de decisões, de impacto e, sobretudo, de empatia. É por isso que a diversidade é tão crítica.


A diversidade — de género, de pensamento, de origens — alimenta inovação. Equipas diversas criam produtos mais inclusivos, mais éticos e mais ajustados às necessidades reais das pessoas. Quando mulheres participam na criação de soluções tecnológicas, acrescentam perspetivas essenciais que enriquecem tanto o processo como o resultado.

Não se trata de aumentar o número de mulheres em posições técnicas apenas para cumprir indicadores. O que está em causa é garantir que têm espaço para liderar, propor ideias, arriscar, crescer e transformar. Que não estejam na fotografia, mas na decisão. No código. Na estratégia. No futuro.


A afirmação “as mulheres não se interessam por tecnologia” continua a surgir demasiadas vezes. Mas será que não se interessam mesmo, ou foram desencorajadas pelo caminho? Será que não encontraram modelos? Será que não se sentiram bem-vindas?


O talento não tem género — mas as oportunidades, ainda hoje, muitas vezes têm.

Como podemos avançar?

Educar desde cedo: Incentivar raparigas a explorar STEM logo na infância.

Criar redes de apoio: Estruturar programas de mentoria e comunidades que apoiem mulheres na tecnologia.

Rever políticas internas: Garantir equidade salarial, progressão transparente e ambientes de trabalho verdadeiramente inclusivos.

Dar visibilidade: Divulgar conquistas femininas e promover modelos que inspirem as gerações seguintes.



Felizmente, multiplicam-se os exemplos de mulheres que estão a redefinir o setor: engenheiras, cientistas de dados, líderes de produto, fundadoras de startups. Não estão apenas a ocupar espaço — estão a abrir caminhos, a desafiar normas e a criar novas possibilidades.

Na Link, tenho tido o privilégio de trabalhar com mulheres extraordinárias na área tecnológica. Profissionais que dominam a técnica, mas que também trazem uma visão crítica, sensível e profundamente humana para cada projeto. É isso que me inspira: ver que estamos a construir presença com propósito.


A presença feminina na tecnologia não deve ser vista como uma questão de quotas. É uma questão de qualidade, de justiça e de futuro. Quando todas as vozes participam, a tecnologia torna-se mais inclusiva, mais ética e mais relevante.


Por isso, sim, importa contar quantas somos. Mas importa ainda mais perceber onde estamos, o que fazemos e como somos ouvidas. A mudança real acontece quando deixamos de ser exceção — e passamos a ser parte essencial da equação.

 
 
 

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